A contratação de plantonistas e o remanejamento diário de médicos geram distorções graves no que preconiza a Política Nacional de Atenção Básica, descrita em portaria do Ministério da Saúde.
Após a desestruturação da atenção básica e o corte de 184 equipes de saúde da família, os territórios atendidos permaneceram aumentando. “Com isso, encontramos equipes hoje com sete mil a oito mil pessoas cadastradas — afirma Alexandre Telles, diretor do Sindicato dos Médicos.”
Segundo ele, na Zona Oeste, os profissionais de saúde já estavam sobrecarregados, e o efeito da redução das equipes é mais visível. Mas a dificuldade para realizar promoção de saúde e acompanhamento domiciliar é um problema generalizado na cidade do Rio.
— Um turno por semana, o médico faz visita em residência e atividades como palestras. Com um médico numa clínica com seis equipes, esses cuidados vão sendo deixados de lado. Acaba virando um pronto-atendimento, uma “UPA da família”, perdendo-se vínculos e a chance de prevenir agravamento de doenças como diabetes e pressão alta — diz Alexandre Telles, diretor do SinMed-RJ
https://m.extra.globo.com/noticias/rio/mudancas-descaracterizam-clinicas-da-familia-do-rio-que-passam-atuar-como-upas-23822289.html